quinta-feira, 31 de março de 2016

2º Domingo da Páscoa João 20,19-31





Tomé
Técnica: Dramatização – deverá haver no altar uma cruz com um pano solto dando a ideia de que Jesus ressuscitou.
Personagens: Zé – Madame – Rico – Mãe e filho – 2 jovens – Pessoas do meio do povo que gritam que acreditam.
Zé: (Entra com alegria) – Vocês viram só? A cruz vazia? É, Cristo ressuscitou. Hoje é o dia de festa. Jesus reina e vive entre nós... Sua cruz de morte se transformou em vida. Já não existe mais Jesus aqui.
(Cruz com pano). Ele está aí, aqui... Em todo lugar... Ele vive novamente... Mas, será que todas as pessoas acreditam que Jesus vive de novo? Ressuscitou?
Já sei, vou ficar aqui no pé da cruz e esperar pelas pessoas que por aqui passarão e falarei a todos sobre Jesus ressuscitado (limpa a cruz e canta aleluia).
(Vem a madame. Muitos embrulhos, atarefada).
Zé: - Ei, madame, tá bonita, vai a algum desfile de carnaval?
Madame: - Pobre não tem senso de humor, né? Vê se “se” enxerga mulambo da favela! Gente como eu se veste assim, meu bem, pra fazer umas comprinhas, buscar as crianças no colégio, tomar chá com as amigas, digo “five tea”.
Zé: - Fafi, o quê?
Madame: - Five tea! Pobre é assim mesmo. Ô gente analfabeta, só entende de “carcanhar rachado, dor nas cadeira, pedra na visícula, furúnculo”, esse tipo de coisa, o que é importante pra vida eles não sabem de nada!
Zé: - Ah, então quer dizer que a senhora sabe? Oba, pelo menos isso!
Madame: - Sabe o quê?
Zé: - Daqui ó, da ressurrei...
Madame: - (Fica horrorizada, vê a cruz e a confunde com uma árvore torta) – Ó! Que horror! Pobre árvore, nasceu assim, coitadinha, torta e ainda por cima só tampou as partes do alto. Quem fez isso com a coitadinha da árvore? Que prejuízo pra natureza, num passa sem ser você, seu vermezinho... Vou-me embora, antes que resolva me transformar sabe-se lá no que. (sai rápido e xingando).
Zé: - Gente, vocês viram? Não me deixou nem falar! Ainda achou que a cruz fosse uma árvore torta? Nem percebeu que era a cruz de Jesus? Será que ela não conhece Jesus? Ou será que viu... conhece... Mas fingiu por ter ficado envergonhada de saber que Ele morreu por nós... Por ela?
Epa, lá vem um bacana! Esse povo estudado deve saber que Jesus ressuscitou e passou a morar aqui, ó, no coração.
Zé: - Ei, “ocê, aí”!
Bacana: - É comigo, ou com meu cachorro?
Zé: - Não, senhor, é com o doutor!
Bacana: - Ih! Já sei! Ó meu filho, você passa outra hora que agora eu estou sem nenhum!
Zé: - Não doutor! Eu sou pobre, mas sou trabalhador e prefiro pensar que o senhor repartirá o seu com alguém que ganha menos que eu!
Sabe o que é doutor, eu tô aqui que não me aguento de alegria.
Bacana: - Uai e desde quando pobre é feliz, pobre só é feliz quando descobre que o funeral é grátis.
Zé: - Não senhor. Pobre e qualquer um é feliz quando descobre Jesus na sua vida. E por falar em Jesus, dê só uma olhada pra cruz!
Bacana: - Oh, oh, oh!!!
Zé: Viu só! É Ele res...
Bacana: - Uma peça rara de museu? Deve valer uma nota! Essa peça é um monumento histórico, deve ter mais ou menos... Mais ou menos...
Zé: - Tem 1999 anos!
Bacana: - Isso, exato, como eu havia imaginado. É uma relíquia. Já sei quanto é que queres pela peça, vê se não explora que com esse negócio de bolsa subir e bolsa cair eu tô na pior! Vai falando que eu faço um cheque e mando um guincho.
Zé: - O senhor está querendo comprar a cruz? Nem ao menos quer saber de onde veio, porque está vazia e quem ressuscitou dela?
Bacana: - Mas isso são detalhes, meu filho. No mundo de hoje não há mais tempo para nos preocuparmos com isso. O dinheiro, o poder, a cobiça, nos fazem perder a memória. E aí, vai vender ou não? Anda que eu tô com pressa.
Zé: - Pois eu, doutor, não estou! Tenho todo o tempo do mundo para mostrar a todos o verdadeiro sentido dessa “relíquia”.
Bacana: - Ah, meu filho, então você fica com a sua relíquia, pois tenho muito o que fazer e logo, logo... acharei outra relíquia, mais bela e mais barata.
Zé: - Que decepção! O poder lhe comeu os olhos, e ele só não os vende porque precisa deles pra roubar! Se deixou levar pelo mundo e o mundo não o deixou ver Jesus crucificado e ressuscitado.
(Pessoas passam apressadas e não ligam – perguntam as horas – parece que vai chover)
As pessoas não tem tempo para ver que Jesus ressuscitou. Estão ocupadas demais com suas vidas, esquecem que Deus é vida. (Entra mãe pobre e seu filho. O Zé fica olhando)
Mãe: - Ô minino, anda depressa! Vê se não esqueceu nada pra trás...
Mãe: - Carlinho do céu, vem cá pro cê vê, que beleza, benza a Deus.
Zé: - Oba, ela também reconheceu o Cristo ressuscitado! Aleluia!
Mãe: Vem Carlinho! Que beleza!
Filho: - Qui é mãe? Tá vendo o quê uai?
Mãe: Olha só que beleza dessa madeira, vai dar para acender um fogaréu por dois meses. Vamos lá, Carlinho, ajuda! Vamos levar para casa.
Zé: - Parem!
Mãe: - Corre Carlinho! Corre que a lenha já tem dono e ele tá bravo. (Saem correndo)
Zé: - Volta aqui, gente! Vem ver, isso não é lenha... É a cruz de Jesus. Ele... Ele... (Senta perto da cruz)
Zé: - Ei, mas vejam, são jovens? Eles hão de crer no Cristo, hão de ver que Jesus ressuscitou, reconhecerão a cruz. Ei, amigos! Venham aqui!
1- E aí amizade? Tudo em cima?
2- Beleza né!
Zé: - Pessoal vejam só a cruz de Jesus. Ele...
1- Pô, cara, tremenda barbada! Gostei da peça...
2- Nossa pô, chocante! Acho que conheço ela de algum lugar!
Zé: - É, isso! É a cruz de Jesus. Jesus aquele que morreu por nós.
1- Esse cara tá viajando! - Não, bicho! Jesus, tô me lembrando. Minha mãe me falava Dele é...
1- Ah, ocê deixa eu pensar! Hum... Tô me lembrando! Há muitos anos, quando eu ia a igreja, falavam Dele.
Zé: - Mas é isso! Oba, eles lembraram!
1- Mas cara, cadê ele?
Zé: - É isso que eu estava louco para dizer. Ele ressuscitou... É... Ele agora vive entre nós.
2- Vive entre nós?
Zé: - Isso, está no nosso meio. Ele bem nos diz: “A paz esteja convosco”. Ele é a paz para o mundo.
1- Ó cara, não é para cortar o seu barato não, mas eu sou daqueles que para crer eu tenho que ver.
2- Ah, eu também tenho que ver Ele aqui, ó, por a minha mão na mão Dele, o meu pé, no pé Dele.
1- É só assim que a gente pode acreditar né, Mané?
2- Se não for assim não dá para acreditar nesse Jesus, falô? E vamos tirando nosso carro que o papo tá encerrado!
Zé: - Viram só? Não acreditaram, os únicos que se lembraram vagamente, não acreditaram, queriam provas. Que provas? A prova Ela já nos deus. Nos amou tanto que foi preso e morto na cruz, e eu, bobo que sou achei que as pessoas viriam à cruz e se lembrariam que Jesus saiu dela para viver em nós.
Mas eu creio, não o vi, mas o sinto em minha vida, em minha igreja, nos meus irmãos. Será que só eu creio?
Todos: - (De vários lugares) – Eu creio, eu também, eu também...
Então precisamos levar Jesus para os que não creem e fazer do nosso testemunho um modo para que as pessoas Nele creiam e assim não haverá mais cruz como único sinal. Havermos nós, um povo que ama e acredita em Jesus ressuscitado!

Oração: “Querido, Jesus, ajuda-nos a aceitar pela fé que estás ressuscitado e vive no meio de nós Viemos aqui e nos reunimos em seu nome porque desejamos estar contigo!Desejamos adorar-te e louvar o teu nome!”


Autoras- Solange do Nascimento e Gisela Pereira





sexta-feira, 25 de março de 2016

DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR!

Apucarana, 27 de março de 2016.





1)      AMBIENTAÇÃO:
Olá crianças!
Hoje é um dia especial, é o dia Páscoa! Por isso vamos iniciar nossa Salinha com muita alegria, cantando o Sinal da Cruz( pode cantar outros cantos de animação).

2)      PREPARAÇÃO PARA O EVANGELHO _
Quem ganhou ovos de Páscoa?
Vocês sabem por que se pressentia com ovos na Páscoa?
E por que são os coelhos que trazem os ovos de Páscoa?
Então vamos entender um pouco melhor:




 OVO – é um símbolo da vida nova – dentro do ovo vive um pintainho ou seja, uma outra vida! Jesus ressuscitou para que pudéssemos ter uma nova vida! Uma vida melhor, sem ódio, raivas, mentiras, traições, ressentimentos, medos...  Viver na paz e na alegria é viver a Vida Nova em Jesus Ressuscitado!




COELHO – é um símbolo de fertilidade. A coelha cria de 6 a 8 filhotes cada gestação e 30 depois de criar já pode começar outra gestação... Como vocês estão percebendo é tudo bem rápido! Por ser tão fértil que o coelho ficou como símbolo do cristianismo. Assim como a população de coelhos aumenta rapidamente, os cristão também se tornaram muitos, milhões, após a ressurreição de Jesus.

3)EVANGELHO:   Jo 20, 1-9
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo.
Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

HISTÓRIA DO DIA:

Jesus ressuscitou na Páscoa. Ele deu novo significado a esta data. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe ensinamentos para que o povo se libertasse do sofrimento e do mal. Ele veio para nos reconciliar com Deus e nos libertar da morte e do pecado. Mas para que tivéssemos direito a esta herança, Jesus teve que morrer.



A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos.




 A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, uma vida liberta da escravidão do pecado!




Jesus é a nossa verdadeira Páscoa! Jesus é o nosso Libertador!!



4)ATIVIDADES:
- Fixação: Faça uma roda com as crianças e entregue a frase A verdadeira Páscoa é Jesus o Cordeiro Santo, separe por palavras e misture tudo. Peça para formar dois grupos e dê 5 minutos para formarem a frase.
- Para colorir gravura dos símbolos: Ovo e Coelho e depois fazer a recitação dos versinhos.
- Brincadeiras




Pesquisa: Luzia de Fátima Gonçalves da Silva – Escola Nossa Senhora da Alegria de Apucarana – Paraná.




sábado, 12 de março de 2016

5º Domingo da Quaresma


5º Domingo da Quaresma
13 de março de 2016

“Igreja misericordiosa.”


O pecado nos afasta de Deus e muitas vezes nos afasta também, dos nossos amigos, familiares, vizinhos e todas as pessoas que convivemos, quando julgamos, acusamos e apontamos o dedo para os erros que cometeram.
  
                                      

                                                          Nosso Senhor fica triste !

                                                                        


EVANGELHO - Jo 8,1-11

Jesus não condenou a mulher adúltera quando os mestres da Lei e fariseus a trouxeram até Jesus, ele ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”.


“Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

“O pecado é algo além da questão de um mau comportamento". Entendam que o pecado vem do coração (Mt 15, 18-19). Ou seja, que o pecado, mais que uma ação específica, é uma atitude do coração que dá lugar a esta ação.Por Padre Henry Vargas Holguín


                                                   


As suas ações revelam como estão seus corações...
http://fatimadeserranopolis.org.br/como-explicar-o-sacramento-da-confissao-as-criancas-2.html


Já quase no fim da quaresma, a mensagem de Jesus por meio da liturgia da palavra insiste no perdão e na misericórdia, mostrando que devemos perdoar e dar nova chance, nova oportunidade àqueles que cometeram pecado e se arrependeram, porque Deus faz isso conosco todos os dias, e é somente pelo perdão que conseguiremos reverter situações de pecado e de erro. 
É hora, portanto, de esquecer o passado de pecado e começar vida nova, pois a Páscoa é exatamente isso, vida nova, vida de pessoas renascidas para Deus.











sexta-feira, 4 de março de 2016

4º Domingo da Quaresma

O Filho Pródigo
 É uma história que todos conhecem, mas que apesar de conhecer é preciso revivê-la a cada dia em nossas vidas. Porque ela vai nos falar de uma história de amor e perdão

HISTORIA
Técnica: Fantoches em biombo horizontal com cenário ao fundo e narração interferindo na dramatização.
Personagens: Pai – mãe – Tonhão – Toninho – garota – amigos – Ali-ba-bá
Crianças, vocês ouviram o evangelho, não é? Pois agora vamos encenar uma historinha com fantoches...
Que foi o próprio Cristo que contou e que tem a mesma mensagem do evangelho lido. Prestem atenção para entenderem a mensagem.
Era uma vez, um pai, Antônio, muito bondoso e amável. Ele tinha dois filhos, Toninho e Tonhão.
O Toninho era muito trabalhador. Trabalhava de sol a sol. Olhem como ele trabalha na enxada! Ah, me esqueci de falar que o pai dos meninos era muito rico e poderoso... Um grande fazendeiro... Tinha plantações que sumiam de vista (levantar galhinhos).
Pois bem, esse filho, o Toninho era esforçado... Agarrava a enxada e era um movimento só pra lá e pra cá...
(Recita o versinho: Minha enxadinha trabalha bem... Corta matinho num vai e vem)
Que menino de ouro era o Toninho... Ao lado do pai, construindo a riqueza do pai. Ah! (admirado)
(E tomando novamente a história...)
Ah!... É! Mas tinha também o Tonhão, o outro filho... Esse, não podemos dizer que fosse esforçado... Mas não era de todo mau... Só tinha uns probleminhas... Não gostava de trabalhar... Era preguiçoso... Malandro... Aproveitador... Não queria nada com nada... Responsabilidade? Passou longe!
O Senhor Antônio, como bom pai que era, vivia sempre rezando... Pedindo a Deus por sua família... Pelos seus dois filhos.
E os dias iam passando... Passando... Até que um dia Tonhão deu um grito... Queria mudar...
Tonhão: - Pô! Assim não dá! Tô cansado de viver aqui, no meio dessa roça, no meio das vacas. Esse tanto de passarinho... Céu estrelado... Essa lua cheia e redonda... Que chatice! Vô falar com o coroa... Tô cheio de tudo e mereço viver num mundo cheio das gatas... De umas cervejinhas, umas Brahmas... Ô coroa!
Pai: - Meu filho!
Tonhão: - Ó aqui, coroa! Não tá dando pra aguentar... Eu não nasci pra viver aqui nesse paradeiro... Essa vida chata, parada... Já fiz as contas, procurei meus advogados, tô com a papelada em dia e sei que tenho direito à minha parte da herança e eu quero a grana. Passa logo os “cobre” que eu tô com pressa!
Pai: - Ô meu filho, você não sabe o que fala!
Tonhão: - Qual é coroa? Tô sartando fora! Junta aí o que é meu por direito que eu vou aprender a viver! Até então não tenho vivido!
Mãe: - Mas, Tonho! Você não pensa no seu pai? Na sua família?
Tonhão: - Qual é... O Toninho, meu irmão, todo certinho tá aí... Ele faz tudo no meu lugar... E vamos rápido que eu tenho pressa!
Mãe: - Meu filho... Você vai deixar o amor, a segurança da sua casa... O carinho do seu pai, o conforto do seu lar?
Tonhão: - Que segurança... Que amor... Vou ter tudo com fartura... E anda... Quero o que é meu... Não há o que o dinheiro não compre!
Pai: - Então tome, meu filho... Faça o que quiser... (Toninho chega e consola o pai que chora). Oh! Toninho, seu irmão está indo embora... Que triste!
Toninho: - Triste nada! Ele era um vagabundo e escolheu esse caminho... Que vá! Já vai tarde!
Mãe e pai: - Oh, vida! Adeus, Tonhão! Tchau!
(Saem todos e aparece o Tonhão gastando o dinheiro)
Tonhão: - Ei, você aí, eu tô com dinheiro aqui... Eu tô com dinheiro aqui... Uau! Cara! Que gata! Pô, meu! Tô gamado!
Garota: - Oi, gatinho! Segura o tchan! Amarra o tchan! (Canta)
Tonhão: - Toma aqui um saco de dinheiro, gata. Vamos passear, aproveitar a vida...
Garota: - Amorzinho, me dê logo o dinheirinho... (Cochichando fala: Se ele pensa que eu vou sair com ele, esse roceirão!) Claro... Fica aqui me esperando que eu vou retocar a maquiagem! Vou levar o dinheiro por segurança.
(Tonhão fica esperando o tempo. Passa... Passa... Olha o relógio)
Tonhão: - Pô, não é que a gata me enganou? Tô aqui a horas esperando por ela! Ainda bem que sobrou outro saco de dinheiro... Vamos lá... Vou comprar um camelo de último tipo... Um turbante cravejado de diamantes... E muitas namoradas... Mulheres lá vou eu!
Ladrão: - Ah, vai nada. Passe logo esse dinheiro!
Tonhão: - O quê? Quem é você?
Ladrão: - Ora... Sou o Ali-ba-bá e os 40 ladrões!
Tonhão: - E cadê os 40 ladrões?
Ladrão: - Tão lá fora e se você demorar vão entrar todos aqui pra te dar uma coça daquelas, entendeu? Passa logo o dinheiro!
Tonhão: - Oh, não! Meu dinheirinho, não! Não!
(E Ali-ba-bá acerta uma paulada em Tonhão.)
Ladrão: - Vamos correndo!
É... As coisas não andavam nada boas para Tonhão. Ele ficou pobre... Lhe roubaram até a bonita roupa e agora estava cheio de trapos... Com fome... Sem nada...
Batia às portas e pedia um prato de comida... Ninguém dava... Dias e dias andou assim... Os antigos amigos do tempo da riqueza nem o olhavam... Coitado do Tonhão. Mas, saindo para longe da cidade ele teve vontade de comer a comida dos porcos... E assim quase comendo a lavagem, ele pensou em tudo o que tinha na casa do seu pai... Pensou que mesmo o empregado mais humilde tinha casa e comida e pensou:
* Pô, devo voltar a casa do meu pai, não como filho, mas como empregado... Porque fui egoísta e ambicioso e não sou digno de ser chamado de seu filho... Pois eu errei, mas estou tão arrependido! Será que ele vai me aceitar de volta? Se animou e, pois e pegou o caminho de volta a casa...
O seu Antônio por sua vez, continuava triste e com saudades do Tonhão... Sua alegria... E todos os dias ficava horas e horas olhando na direção da estrada... Até quem um dia viu ao longe o filho voltando... Saiu correndo em sua direção...
Pai: - Tonhão, Tonhão! Meu filho!
Tonhão: - Papai! Perdão! Pequei contra Deus e contra Ti. (Abraçam-se). Tô tão arrependido... Perdoa papai... Perdoa...
Então o pai lhe deu uma roupa nova, um novo anel para ligá-lo à família... Foi uma festa, até que Toninho, o outro filho, chegou do trabalho da roça e pergunto:
* Pai... Eu trabalho há tanto tempo com o senhor e nunca ganhei uma festa e uma roupa nova... E esse outro que te abandonou, é assim? Ainda festeja a volta dele! Isso é injustiça!
* Meu filho, não pense assim! Tudo o que é meu é seu... Mas seu irmão, ele estava perdido e hoje foi encontrado, ele estava morto e reviveu... Venha! Se alegre conosco!

O seu irmão aprendeu a lição que o mundo lhe ensinou: aprendeu a valorizar o amor