sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM-Lc 4,21-30


                                                      
                                                                O diferente



Aconteceu há muito tempo...  

Num galinheiro de um camponês, é, o seu Zico construído na base de um rochedo...
E aconteceu que lá do alto, onde existia um ninho de águia, veio rolando um ovo. E rolando daqui
e dali.Veio dar. Sabe onde? Dentro do galinheiro! Bem em cima do ninho da galinha Robertilda que
chocava outros ovinhos, e naquele momento havia saído para beber uma agüinha..
Sem sabe, Robertilda se aninhou novamente e aguardava ansiosa o dia de nascerem seus
filhotinhos. E chegou o esperado dia,saiu um, dois, três pintinhos e aquele último? Demorava mais que os outros-. Mas Crek Crek há! Também ele estava saindo da casquinha. Oh! Oh!  . Robertilda olhava aquele (seria chamado pintinho?). Hum. Mas era "seu" pintinho assim como os outro. E toda mãe ama seus filhotinhos, não é?
E ajuntando-os foi logo ensinando-os a ciscar o chão.
As amigas Robertilda logo chegaram  Dom Carijão foi falando:
Galo: - Credo Robertilda! Que filhotinho feio, este! E Dona Patachoca também disse:
Patachoca: -Robertilda, bem, este aqui é irmão dos outros? Os Meus é que são lindos!
Todos iguaizinhos.  Dona Robertilda ficava triste com os comentários, porque amava os seus pintinhos, mesmo aquele "diferente". E, por causa dele, ela se afastou um pouco do convívio da sua família... Os pintinhos se chamavam Huguinho, Zezinho e Luisinho, e o último foi chamado Carlos Henrique e cresciam amigos Ciscando Comendo. Os bichinhos do chão. O milho que o camponês Zico jogava Carlos Henrique era meio desajeitado,tinhas asas grandes demais para ficar no chão. Tinha dificuldades de ciscar pois suas patas eram garras, com unhas fortes,impróprias para andar e permanecer no chão e seu biquinho? Era curvado,custava a comer aquelas minhoquinhas. O milho, mas, sentindo-se diferente e vindo a enfrentar as críticas dos "amigos" do galinheiro, da crítica maligna dos outro filhotes do galinheiro ,que zombavam dele porque era diferente. Ele tentava se adaptar, se esforçava e vivia do jeito que conseguia, tentando se achar alegre, feliz  É Ele tentava, mas um dia, chegou até a casa do camponês Zico, um amigo seu que entendia de aves e foi logo levado ao galinheiro para conhecer aquele pintinho diferente.
Logo que ele chegou, foi se surpreendendo:  Zico! Mas cê é um distraído! Onde já se viu, cê acha que isso é filhote de galinha Robertilda? Olhe lá! Veja bem! É uma águia!  O quê? Mais é igual, disse espantado Zico. – É Zico! É preciso levá-la no alto para voar. Ela vai descobrir a sua missão
E assim fizeram, foram bem cedo, ao raiar do dia, levaram Carlos Henrique. Ele, com o olhar
fixo no sol. Sentiu que tinha chegado seu momento, que havia descoberto sua missão e deveria levá-la a todos os cantos da Terra. Então, abriu as asas, ensaiou um vôo,mas logo caiu,  Carlos sabia que era preciso tentar que não tinha como desistir. E novamente abriu com forças as asas e as bateu levemente e começou a ganhar altura,em instantes ele já voava alto e dominava o ar.
Os companheiros do galinheiro ficaram espantados ao verem o Carlos, exclamaram e esbravejaram
em alta voz:  
Peru: - Mas aquele ali, não era o filho daquela galinha Robertilda?
Pato: - Que horror! Que vergonha pra nossa raça. Aquele diferente voou!
Galo: -Meus oio num deve tá veno o qui tá veno,aquele desajeitado aprendeu a voar,desde o
início que eu sabia que ele num era boa coisa, mas, lá do alto, Carlos Henrique nada ouvia a não ser o barulho do vento que o convidava a ir mais alto e mais longe. Com o tempo ele entendeu olhando lá de cima via tantas coisas erradas que aconteciam nos galinheiros aqui na terra. Ele deveria fazer alguma coisa, afinal de contas a sua visão aguçada e o seu vôo até as alturas lhe ensinavam muitas coisas, que ele, uma simples avezinha, poderia melhorar aqui na terra,depois de muito pregar tudo o que sabia as aves, por terras distantes, Carlos sentiu saudades de sua terra, de seu galinheiro, de sua mãe,de sua gente ,resolveu, então ir até lá.
Era uma bela tarde de domingo, quando Dona Robertilda olha pro céu e que é que ela vê chegando
sim? Lindo em seu vôo, lá vem Carlos, Dona Robertilda fez a maior festa. Gritou, chamou pelo
filho,chamou os vizinhos, os amigos para receber seu filhinho que tinha voltado, qual não foi sua
surpresa quando todos vieram, mas não felizes como ela. Todos estavam com cara fechada e
pareciam nervosos. Quando Carlos pousou, dona Robertilda veio logo abraçá-lo.
Meu filho, que alegria tê-lo de volta! Mãe, eu vim, pois tenho muito a ensinar para o meu povo.
E nesse instante o galo Dom Carijão veio gritando. 
Mas que povo? Você não é um dos nossos? Não pode nos chamar de seu povo.
E a Pata Choca disse: – Você é a vergonha de nossa raça. Nós não queremos vê-lo aqui,fora, fora
Carlos: - Mas o que é isso, minha gente? Eu vim para trazer a paz, o amor, a alegria.
Peru: -Vejam só! E ainda é topetudo! Quer nos ensinar o que nós já sabemos. Eu falei que essa
imitação de pintinho não ia dar muita coisa e vejam só no que ele transformou e ainda quer nos
modificar também, aqui não,diferentão. Aqui num tem lugar pro cê, não!
Dona Galinha ficou extremamente nervosa, queria bater, bicar, pisotear, mas, antes que ela o
fizesse, todos partiram pra cima de Carlos bicando e pisoteando querendo que ele fosse embora.
Então, Carlinhos achou que aquele já não era o seu lugar, os seus já não o desejavam ali, a
melhor coisa a se fazer era bater as asas e retomar sua missão em outro lugar, onde as pessoas o
acolhessem e mostrassem ter fé em seus ensinamentos.
Carlinhos ergueu um grande vôo e foi continuar sua missão onde houvesse aves de coração aberto
para acolhê-lo. Bem, o que a gente pode aprender com tudo isso?
Jesus também foi um rejeitado no meio do seu povo, na cidade onde ele viveu a maior parte de sua
vida.
Hoje, nós podemos dizer que Jesus mora em nossa cidade, em nossa vida, em nosso coração.
E como é que nós estamos recebendo Jesus em nossa vida? Será que estamos depositando em Jesus
a confiança e a fé que Ele necessita para morar em nós? Ou será que sabemos tudo o que Ele é, mas
como a história, ignoramos e não abrimos nosso coração para acolhê-lo?
Vamos então descobrir esse Jesus que vive em nós e quer ser aceito e amado.
 

 
Bibliografia-Solange do Nascimento e Gisella Parreira Batista











 




 


 



 

 

 


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